A pedido dos nossos leitores (já nos escreveram milhares a solicitar isto; a todos muito obrigado) vamos hoje publicar a receita da Sopa do Dia.
Não foi fácil descobrir a receita. Fomos encontrá-la num mosteiro do Tibete, envolta em névoa.
Os monges cantavam as janeiras enquanto Quasimodo, com o seu pequeno gravador de cassetes e de bloco de notas em punho, ia escrevendo a receita que lhe era ditada pelo monge dispenseiro.
Foi isto que Quasimodo ouviu e registou no seu pequeno gravador de cassetes e no bloco de notas.
Durante muito tempo a Sopa do Dia foi feita de noite. Era então conhecida como a Sopa da Noite. A sopa era confeccionada de noite para ser servida de dia. Ninguém percebeu a subtileza e foi aí que tudo mudou.
A partir do século XVII a sopa passou a ser confeccionada de dia. Foi uma festa. Os monges bailavam felizes em roda de uma grande fogueira. Quasimodo assistiu a tudo isto com uma lágrima ao canto do olho. Cantavam canções com poemas obscenos que os deixavam em completo estado de êxtase. Um monge em estado extático é uma visão, ela própria, obscena, acreditem. Alguns entravam, nesta conformidade, em levitação. A origem do misterioso fenómeno é afinal esta. O excitamento era tal que muitos deles perdiam o controlo e enquanto levitavam eram conduzidos pelas correntes de ar quente para perto da grande fogueira. Em dias bons viam-se muitos pelo ar. Apareciam dias depois nas imediações do templo, com queimaduras que cobriam grande parte do seu corpo. Os aldeões pensavam que as queimaduras se tinham ficado a dever a castigo divino pelo êxtase pecaminoso. Mas não. Aquilo tinha sido da fogueira.
Tudo isto vem a propósito da sopa do dia.
Ah, pois, então é assim:
1- Junta-se meio quilo de banha de porco.
2- Uma chávena de chá.
3- Três folhas de cânhamo.
4- Uma malagueta grande.
5- Uma bolacha maria desfeita.
Bate-se tudo num "food processor" (ainda o inglês!), leva-se ao lume brando e consome-se muito quente.
Especial para climas quentes.
Tome um Vallium antes de ler...
2007/01/15
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário