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2008/02/02

NEWS FLASH - Relatório secreto sugere novo figurino para as finanças portuguesas

Um relatório elaborado por um grupo de peritos em fiscalidade e finanças, que mantém o anonimato, foi hoje dado a conhecer. Uma cópia do relatório chegou à redacção do Raia dentro de uma caixa de pizza (com a pizza lá dentro!)
Diz o relatório no seu preâmbulo que "depois das denúncias do bastonário da Ordem dos Advogados sobre a corrupção no Estado vimos aqui propôr uma nova ordem fiscal para o país."
São duas as hipóteses que temos, segundo os autores deste relatório.
A primeira hipótese consiste em entregar os nossos impostos directamente a empresas privadas.
Imaginem, dizem ainda os autores do relatório, que é necessária uma estrada. Organiza-se um debate tipo "Prós e Contras" (pode ser a mesma apresentadora, é indiferente...) e avalia-se, assim pela televisão e em público, qual é a melhor proposta. Depois de se ter avaliado quem apresentou o orçamento mais favorável, a malta entrega a quantia necessária directamente à empresa que ganhou o debate.
O relatório estima que se cada um entregar assim directamente uma percentagem de acordo com o nosso rendimento, se evitariam intermediários (o Estado) e se pouparia um dinheirão, ao mesmo tempo que tudo se torna mais claro.
No recente debate sobre o novo aeroporto, por exemplo, nota o relatório, bastava que tudo aquilo fosse a sério e que se percebesse melhor quem é que eram as empresas interessadas no negócio. Mas, o modelo do debate televisivo pode muito bem ser usado porque poderia sair dali directamente o caderno de encargos da obra. A gente mandava um cheque para a empresa e pronto, começava a construção. Um dinheirão poupado e muito muito tempo a serrar presunto encurtado.
Uma outra interessante alternativa, sugerida neste importante relatório para resolver a crise da fiscalidade e acabar com esta sanha persecutória do Ministro das Finanças, era entregar as finanças do estado ao Euromilhões. A gente ia fazer as nossas apostas/impostos, havia um sorteio semanal ou diário mesmo (transmitido por uma televisão qualquer) e sorteava-se uma determinada quantia. Quem ganhasse já não podia voltar a jogar (ficava isento de jogar até ao fim da vida!) A ver se a malta não ia toda "pagar" impostos...!
O relatório, diz-se, já era do conhecimento do Ministro das Finanças antes do fim do ano, mas apesar disso continua tudo na mesma e nenhuma das medidas nele preconizadas foi afinal implementada. O ministro terá mesmo sido ouvido a comentar o seu teor em tom jocoso, o que provocou a ira de alguns contribuintes.

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